Quem escreve constrói um castelo;
E quem lê passa a Habitá-lo...

27 de setembro de 2012

De que adianta...



 ...os chocolates e brigadeiros que como,
se o único doce que desejo é o de sua boca;
...o sorriso no rosto, se por dentro o peito chora;
...a colcha quentinha em noites frias, se o seu corpo era o meu melhor aquecedor.

As noites em que me embriago nessa falsa felicidade, é como um paliativo para dor, como um anestésico que ameniza temporariamente meu sofrimento...

...temporariamente.

E não há lugar no mundo que me faça esquecer de você, lembro-me de cada detalhe seu. Do seu cheiro, do seu perfume, da maciez da sua pele, do seu sorriso, do tom da sua voz, dos seus braços que me apertavam no reencontro.

Hoje estou aqui, me debulhando em palavras pra tentar não chorar. Sorrindo, tentando convencer a mim mesma que estou bem. E tentando ao máximo esquecer você, sem perceber quanto mais tento, mais me vem suas memórias.

De que adianta a vida, se você não está ao meu lado.



"Queria apagar a luz do meu quarto, por meus fones de ouvido e ligar aquela música 
no volume máximo e chorar, sem tempo definido. Estou cansada de até mesmo marcar hora pra chorar."


21 de setembro de 2012

HOMENS, LEIAM.




As mulheres que mais irão marcar a sua vida são as CHATAS.
Também chamadas de loucas, ciumentas, bipolares, confusas, esquisitas.
As chatas te ligam de madrugada cobrando algo que você fez na semana passada, elas brigam contigo, olham feio para a mulherada que ta em volta de você, às chatas fazem cara feia, batem o pé, fazem bico, batem boca contigo sem pensar nas consequências e...
...principalmente são ciumentas...
Mas vou te perguntar uma coisa: Quem não gosta de se sentir desejado?!
Uma mulher que não te procura ou não esta nem aí para você ou tem medo de te perder e prefere fingir que não viu ou ouviu nada logo elas NÃO TÊM IDENTIDADE!
As chatas podem incomodar, mas estão ali do seu lado em qualquer situação, não ligam para sua conta bancária ou quantos carros têm na garagem, elas te cercam tanto que não deixam que nada de ruim se aproxime de você...
Elas podem ter seus defeitos, mas fazem tudo para ser perfeitas, NÃO pedem desculpas e são marrentas, porém se tratá-las bem são as pessoas mais doces que ira conhecer...

Então valorize aquela mulher que bate o pé, xinga, teima, porque essa mulher sim esta dando valor para o que você é!

#fato

20 de setembro de 2012

Adeus, meu amor...



...logo nos desconheceremos.

Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas.
Vamos envelhecer pelas mãos.
Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças.
Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes.
Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família.
Riscarei o nosso trajeto do mapa.
Farei amizade com seus inimigos. Minha bolsa não será mais pendurada em sua janela.
Não poderei me gabar da rapidez com que você abria meu sutiã.
Vou deixar o cabelo crescer, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios.
Passarei em branco por algumas datas, elas já não fazem mais sentindo.
O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. As pombas sentirão mais fome nas praças.
Perderei a seqüência de sua manhã – e não sentirei mais o cheiro bom do seu perfume.
Meus dias serão mais longos sem você.
Não acharei minha esperança nas gavetas onde ficavam suas blusas.
Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua.
Ficarei com raiva de seu conformismo.
Perderei o tempo de sua risada.
A dor será uma amizade fiel e estranha.
Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar.
Vou cumprimentá-lo com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma.


É como se eu ouvisse você dizer...
Não olharei para trás, para não prometer a volta.
Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida.
Adeus,”meu amor”, a vida não nos pretende eternos.


Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa.
Não compraremos mais besteiras juntos no supermercado, nem faremos festa na casa dos amigos.
Não puxaremos assunto com os garçons.
Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades.
Não tocaremos os pés de madrugada.
Não tocaremos os braços nos filmes.
Não trocaremos de lado na cama quando algo incomodar.
Não dividiremos mais o mesmo lençol.
Não olharei mais as vitrines em busca de presentes.
O celular, por mim, permaneceria desligado.

Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender.
Só os ossos têm paciência, meu amor, não a carne, com ânsias de se completar.
Não encontrarás vestígios de minha passagem no futuro.
Abandonarás de repente meu telefone.

Na primeira recaída, procurarei o seu número na agenda. E não o acharei na agenda.
Não se anota amores na agenda. Eu saberei de có.     
Na segunda recaída, perguntarei o que faço aos conhecidos.
As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água.

Adeus, meu amor. Eu não serei a mãe de seus filhos.
Terei insônia com outros homens.
Desviarei de assunto ao escutar meu nome.

Adeus, meu amor.


Texto original de Fabricio Carpinejar
Adaptado por mim.



10 de setembro de 2012

Quando deixou de ser aquilo que era...



 ...Até mesmo quando deixou de fazer questão
de todas essas coisas que eu resolvi dar importância.
 E só dei importância porque quis que você soubesse o quanto eu o amo,
 o quanto sempre o amei. 
Antes eu nunca tivesse dito absolutamente nadado que eu disse. 
De repente, não estaria doendo como dói agora. 
Mas mesmo querendo muito a sensação de me arrepender de ter dito tudo o que eu disse, 
prefiro mesmo que você saiba. 
Um dia talvez você entenda o quanto a sua distração me dói, o quanto esse seu silêncio me rasga. 

Caio Fernando


Eu chorando...




Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos,
Um tanto quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto,
É que ele me liberta na hora,
No momento em que eu boto pra fora,
O que já não me serve vai embora,
E assim, eu fico leve...

Pitty

6 de setembro de 2012

Trechos




Estamos quase chegando ao fim da ponte, e a luz dos postes torna a iluminar a rua de modo que seu rosto está ora iluminado, ora no escuro. E essa é uma metáfora muito adequada. Este homem, que já considerei um herói romântico, um corajoso cavaleiro valente – ou cavaleiro das trevas, como ele disse. Ela não é um herói. É um homem com sérios e profundos problemas emocionais, e está me arrastando para a escuridão. Será que não posso guiá-lo para a luz?

            – Eu ainda quero mais - sussurro.
            – Eu sei – diz ele. – Vou tentar.
Pisco para ele, e ele larga minha mão e puxa meu queixo, soltando meu lábio mordido.
            – Por você, Anastácia, eu vou tentar.


(Trecho do livro "Cinquenta Tons de Cinza"  por E L James, pág. 318)


4 de setembro de 2012

Quando... será...





"Não podemos compreender nada se o mais raso que estivermos dentro daquilo, não seja no fundo. Qualquer coisa que avistamos incluir em nossa vida é para ser profundo, a ponto de que ali possamos mergulhar. Não acredito em nada diferente disso, e é por isso que não desvio, mas seguro o olhar.

Ele não entende e a resposta vem errada. A resposta não vem. Mesmo com todos os sinais e simpatias, mesmo com tantas coincidências premeditadas. Será que não pensa sobre as possibilidades e em alguma realidade me imaginar na sua vida? Será que deixaria eu colocar na sua estante uma fotografia do que seria se eu e ele fomos nós? Será que atenderia o telefone de madrugada? Será que pensaria em amar alguém tão apaixonada? Será que se doaria para alguém que não tem quase nada? Será que apostaria um futuro por alguém que acabou de esbarrar? Será que o sorriso que tem já é de alguém ou de outro lugar?

Quando entenderá que quero estar dentro, difusa com sua vida e seu sonhar? Quando entenderá que agora ele não é só alguém que encontrei nestas idas e vindas e não é só uma história para um dia lembrar? Quando notará que meu desejo não é só para agora, que só quero ir lá fora se vier me acompanhar? Quando entenderá que não é um estranho, um conhecido, um amigo que só encontro se a coincidência deixar? Quando estará comigo além de um breve olhar? Quando seu corpo se perderá com o meu? Quando eu vou poder entrar na sua rotina? Quando vou deixar das indiretas para te acordar? Quando vou poder mergulhar, ir no fundo, no teu mais que mais profundo e nunca mais voltar?"

Cáh Morandi



Ah, o tempo...




O tempo é muito lento para os que esperam,
Muito rápido para os que tem medo,
Muito longo para os que lamentam,
Muito curto para os que festejam,
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

William Shakespeare


3 de setembro de 2012

Dor é assim mesmo...



Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai aguentar, mas aguenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. (Fernando Pessoa escreveu, num momento parecido, "hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu"). 

Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai aguentar, mas aguenta: as dores da vida. Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás. Você acha que não, porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traqueia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo – é difícil de acreditar, eu sei – vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou. Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: "É melhor viver do que ser feliz". Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói, ai, eu sei como dói. Mas passa. Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente (e de lágrimas também). Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz.

Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que tô falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?"


Caio Fernando Abreu


E o amor, cara?




E o amor, o amor, cara. O que eu faço com isso?
 — Você esquece, sei lá. Não tem tanta importância assim.





Que setembro venha com bons ventos, que me traga sorte e amor, que não me deixe sofrer, por favor.


2 de setembro de 2012